Dietas que simulam o estilo de vida dos nossos antepassados ganharam popularidade nos últimas anos. A Dieta do Paleolítico se destaca e privilegia alimentos encontrados na natureza. Mas tal dieta seria adequada para praticantes de esporte competitivo?
Em “The Paleo Diet for Athletes”, Loren Cordain e Joe Friel fornecem diretrizes específicas sobre o que comer antes, durante e depois de um treino ou competição, juntamente com receitas simples e saborosas, tendo a Dieta do Paleolítico como base.
Umas das estratégias apresentadas no livro é o aumento da ingestão de carboidratos para suportar a demanda energética de atletas durante treinos e competições. Acredito que essa estratégia não sirva para todo mundo, já que a tolerância a carboidrato é individual.
Exercício físico ajuda, porque promove captação de glicose no tecido muscular, mas não é garantia de sucesso. Por exemplo, na preparação para o Ironman, cheguei a treinar 25 horas por semana e, mesmo com a contagem de calorias adequada, ganhava peso facilmente. Por estar consumindo mais carboidrato que eu podia tolerar, adquiri resistência à insulina.
Atletas pioneiros, como o caso do @medeirosendurance , vem quebrando o paradigma da dependência de carboidrato para prática esportiva. Ele já fez diversas provas de ultra-endurance em jejum ou sem consumir nenhum tipo de suplemento de carboidrato.
Recentemente, o triatleta profissional e multicampeão @lsanderstri , postou um vídeo em seu canal no Youtube contando sua jornada contra uma pré-diabetes. Ele está ajustando sua nutrição, privilegiando alimentos naturais.
O resumo é que prática de esportes não é garantia de saúde metabólica. Cuidem da nutrição, respeitando a individualidade.
Até o próximo livro na “cesta”.